06/05/2011

Ei, CONAR, estamos em 2011, ok?

Sou daquelas pessoas que adora propaganda, que não troca o canal na hora do intervalo só para ver os VTs, que é capaz de parar de mexer no controle só para ver a propaganda completa. AMO propaganda e tudo o que envolve a publicidade.

Vejo a propaganda nacional com menos entusiasmo, quando penso em tudo o que a criatividade dos profissionais brasileiros poderia produzir e o CONAR não deixa. Para quem não sabe, o CONAR é o Conselho de Autorregulamentação Publicitária,  uma entidade que (a meu ver) limita cada vez mais a publicidade brasileira. Minha interpretação - e é bom lembrar que este blog é MEU e eu escrevo minhas opiniões, conforme (ainda) me assegura a Constituição, como bem entender - é que a maioria das decisões do CONAR são comprobatórias da existência de censura.

Quem vê a propaganda gringa cheia de ironia, citando a marca concorrente sem medo, usando de "humor negro", percebe como as decisões da entidade, em pleno século XXI, são limitadoras e descabidas. Em comerciais nacionais de cerveja, por exemplo, não pode aparece ninguém bebendo a cerveja, sob o argumento de não influenciar o público a consumir álcool. Oi??

Aí eu vi um comercial da Sicredi de Dia das Mães protagonizado por uma criança. Sicredi é uma cooperativa de crédito e na campanha o garotinho diz que espera que a mãe use os serviços/produtos para participar de uma promoção que envolve sorteio de prêmios. Aí eu pergunto: e isso não pode influenciar as crianças, levando-as a perturbarem os pais a adquirirem produtos/serviços de crédito desmedidamente para ganhar os prêmios?

Veja o comercial:


Não, eu não acho que este comercial tem que ser censurado. Eu só acho que o CONAR não usa dois pesos, duas medidas - graças a Deus, senão estaria tudo vetado. Repito que acho as proibições absolutamente inadequadas à época em que vivemos e contraditórias num país que se diz democrático e que prega a tal da "liberdade de expressão".

Concordo que deva haver limites, que não seria legal, por exemplo, a TV aberta exibir em seu intervalo de horário nobre um filme com bundas circulando à vontade. Mas quem disse que depois da meia-noite isso não seria possível?

Este assunto gera muita polêmica e consequente reflexão. E eventualmente eu postarei aqui no MEU blog comerciais que foram vetados e aqueles que eu acho que deveriam ser, só para fomentar a discussão saudável.

E vou encerrar este post com mais um comercial da Lew Lara proibido pelo CONAR. Justificativa: denigre o processo de adoção, fazendo-o parecer um ato constrangedor.

Eu discordo da censura do CONAR. E você?

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