14/12/2011

Vai um flyer aí?

Ei! Você que foi contratado para prender flyer na janela dos carros. Você mesmo! Você tem carro? Sei não...

Ok, o trabalho é digno, as empresas precisam se divulgar, as pessoas precisam trabalhar, os consumidores precisam conhecer o produto/serviço... Mas esqueceram que o pobre do carro não tem nada a ver com isso. E o vidro dele então?

Aí você chega no seu carro e vê que algum ser (não sei se humano) colocou um flyer bem no vidro. Quem lê isso, pensa "ah, mas é só tirar e jogar no lixo". Sim! Poderia ser simples assim, mas os colocadores-profissionais-de-flyer não estão no mundo para facilitar nossas vidas e, infelizmente, têm o pensamento virado do avesso com relação à relação motorista+carro+chuva. E aí o que acontece?

Acontece que a pessoa colocadora-oficial-de-flyers-em-vidros-de-carros escolhe dificultar sua vida e coloca o raio do papelzinho de propaganda sabe onde? No vidro da porta do motorista? Não! No vidro do passageiro que fica atrás do motorista? Nããoo!! Ah, no parabrisa do lado do motorista? CLARO QUE NÃO!

A pessoa coloca o panfletinho (como diria minha avó) no parabrisa do lado do carona. Só que não é tão simples assim. Sempre que este profissional faz a escolha cretina pelo lado direito do parabrisa, pode ter certeza que houve uma consulta ao Climatempo e ele viu que choveria. É sério!

Pode perceber: se o tempo estiver bom, todos os flyers estarão presos no vidro do motorista. Agora se estiver chovendo... Ah, periga estar no vidro traseiro do lado direito. E sabe por quê?

Pensa comigo: está chovendo, você está chegando para entrar no carro sequinho. O cérebro parece emitir comando único para abertura imediata da porta que vai te levar à redoma sobre quatro rodas. A visão periférica quase fica prejudicada durante o processo. Ao ligar o limpador, você ganha uma visão de mundo completamente diferente, com pedaços de papel colorido e palavras molhadas, tudo se desmantelando e se espalhando a cada passada da haste.

Chega na garagem e toda aquela chuva só fez aumentar a vontade de fazer xixi. O cérebro agora comanda uma reta até o elevador e a posição correta da chave, para não ter erro. Sai correndo pela garagem, reza para não faltar luz até chegar no seu andar. Prooonto. Chegou na redoma master.

No dia seguinte, um lindo dia de sol. Chega no carro e o que temos no parabrisa? Pedaços de papel colorido secos e completamente grudados. Agora tenta tirar... O grosso sai, mas fica uma película grudada por ali, e aquele flyer desgraçado vira uma tatuagem que nem com a unha sai do vidro.

E aí fica uma dúvida: será que há um acordo entre os colocadores-profissionais-de-flyer e os lava-carros? Porque só eles conseguem tirar aquela praga do carro!
Quem tiver essa resposta, ganha um vale-flyer-do-lado-do-motorista. Para facilitar a vida.

06/10/2011

"Teje" preso!!

Quando a internet surgiu para mim, um novo mundo parecia disponível bem na tela do meu computador.
Se antes eu achava que com um monitor e um teclado era possível me comunicar na mesma linguagem do Hulk, quando cada letra que eu digitava surgia verde bem na frente dos meus olhos, quando fui apresentada ao tal do Internet Explorer vislumbrei um universo bem mais colorido e cheio de novidades.

Me disseram que a internet me levaria para vários cantos do mundo sem que eu saísse de casa. E levou. E trouxe bastante gente para dentro da minha casa também. Com aquela onda de chat, os amigos virtuais conversavam comigo como se estivessem na minha sala.

Aí depois me falaram que a web é o meio mais democrático de comunicação. Surgiram sites, blogs, orkut e mais um monte de formas de saber o que os outros pensam, como gente das mais diversas partes do planeta viam os mesmos assuntos que me interessavam, uma maneira de expor minhas opiniões e discutir sobre elas. Praticamente uma mesa de bar virtual, sem limites geográficos.

Só esqueceram de me dizer que aquela suposta liberdade era só uma isca para fisgar aqueles que pensam e exaltar aqueles que "pensam" como a maioria pensa ser certo pensarem. Veio o primeiro processo baseado em algo registrado em algum www. Achou-se que seria um caso isolado, quase uma aberração. Depois veio outro processo, que virou argumento para outro mais outro mais outro. E agora ninguém mais pode dizer ou discutir nada sem medir as palavras que serão digitadas. Tudo tem que ser muito pensado, pois uma palavra supostamente mal colocada pode render alguns salários-mínimos de indenização. Ou uma demissão. Ou uma inimizade.

Agora passamos do ano 2000, entramos no século em que pensamos que viveríamos como os Jetsons. Temos as tais das mídias sociais, qualquer um pode escrever qualquer coisa para qualquer um ler. Opa! Qualquer coisa não!

A verdade, para mim, é que o que pensei ser uma mesa de bar virtual tornou-se uma prisão digital. Estamos todos presos. E o pior: com a sensação de que somos livres.

Então voltemos ao botequim. Lá, sim, as palavras transitam sem vergonha. Só não podemos esquecer de falar um pouco mais baixo, porque agora também tem aquele negócio de processar por calúnia, preconceito e sei lá mais o que. Mas isso é assunto para outro post...

22/09/2011

Vem, satélite!

Na semana passada a NASA deu uma notícia muito light para os terráqueos.

Há um satélite sem serventia, que virou lixo espacial, que vai cair na Terra entre hoje e o próximo sábado. Mas o mais legal é o seguinte: o bicho tem não sei quantas centenas de quilos e pode cair em qualquer lugar do planeta. É tipo assim... Sabe aquelas gaivotas que a gente faz com folha de caderno, que ficam meio tortas e sem direção, que a gente mira lá de trás da sala no CDF que não dá cola e acaba acertando na professora? Então... A diferença é que eles não miraram em Brasília, por exemplo, mas podem acabar acertando na minha mãe.

Aí os caras vieram com uns cálculos muito loucos que dizem que qualquer um de nós tem 1 chance em 3200 de dar boas vindas ao tal do satélite.

Curiosa que sou, entrei no site da Caixa Econômica para ver a probabilidade de acertar na Mega Sena, porque achei muito pouca a chance de não ser sorteada pelo tal do lixo espacial. E vi que a chance de um apostador levar o prêmio máximo da Mega é 1 em 50.063.860.

O que isso quer dizer? Quer dizer que É MAIS FÁCIL EU TOMAR UM SATÉLITE NO QUENGO DO QUE FICAR MILIONÁRIA!!!

15/09/2011

Amigo com H maiúsculo

Há anos observo a resistência de alguns homens com os quais convivo em aceitar a existência da amizade verdadeira entre homem e mulher. E não só os homens. Encontrei também muitas mulheres que não acreditam nessa possibilidade.

Já ouvi argumentos absurdos, tipo "só dá certo se um dos dois for muito feio", "só se for por interesse" ou "só se um dos dois for gay".
Quanta bobagem...

E a televisão agora deu para expressar isso também. Numa época em que se luta para acabar com os preconceitos, as novelas colocam praticamente um gay em cada novela, mas as amizades entre homens e mulheres ainda não quebraram a barreira. Pode perceber. Sempre que há um amigo e uma amiga na história, um deles se apaixona pelo outro. Um saco!
Estou falando das novelas da Globo. Sim, sou alienada e assisto novela na Globo. Adoro.

Particularmente sempre preferi ter amigos homens. E apresento aqui algumas razões bem consistentes (pessoais, é claro):

-> Afinidade: na minha infância era mais fácil conversar sobre futebol, surf, rock e He-Man com os meninos do que com as meninas, que preferiam falar só sobre papel de carta cheiroso, Barbie, Xuxa e She-ra.
Na adolescência, era com eles que eu falava palavrão sem ser criticada.
Já adulta, é mais fácil ser acompanhada por eles num porre homérico de cerveja do que pelas mulheres que vão vomitar após a primeira garrafa de champã.

-> Estratégia: saber quem é a gostosinha da turma, quem é a vagabunda, quem é a burra da galera facilita que a menina escolha em que turma vai se inserir, com quem é melhor andar.
É com o amigo que a mulher aprende o que conversar com um homem, como se comportar numa conquista, o que fazer no primeiro encontro.
Fora que um amigo homem tem outros amigos homens que podem ser muito interessantes. Aí vem a permuta. A mulher apresenta as amigas para o amigo, o homem apresenta os amigos para a amiga e todo mundo beija na boca. eeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!

-> Lealdade: o amigo homem tem uma capacidade maior de guardar segredos. Isso é fato!
Um amigo homem (hetero, no caso) jamais se apaixonará pelo namorado da amiga.
E só um amigo homem vai ter coragem de falar as maiores verdades para a amiga sem ter medo de magoar. Dificilmente uma mulher ouve da outra "você tá gorda" ou "que roupa é essa?". Um amigo te diz o quanto você tá ridícula sem rodeios, sem medo de acabar com a amizade. E a mulher tem a certeza de que é uma opinião sincera, não rola aquela dúvida "será que é despeito?".

Então o que tenho a dizer sobre amizade entre homem e mulher é: SIM! É POSSÍVEL!
E aproveito para postar uma foto que retrata bem a cumplicidade entre amigos de longa data (tipo uns 12 anos), que mesmo depois de formarem suas famílias e virarem adultos sérios (?) são capazes de continuar cúmplices na alegria e na tristeza.


Obs.: Óbvio que a abordagem aqui é feita de uma forma generalizada. Há amigas que são tão boas e parceiras quanto os amigos.

31/08/2011

MIL lambuzado de açaí

Atendendo a pedidos após o sucesso do primeiro post sobre MIL - Música para Interpretação Livre (olha aqui), lá vem mais um.

E a música de hoje é Açaí, do Djavan.

Solidão de manhã, poeira tomando acento
Se é comigo, já ia começar a crise de rinite.
Rajada de vento, som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã
E como falar em sanidade num ambiente mal assombrado feito esse? Muito medo!

A paixão puro afã, místico clã de sereia
Oi?? Acho que a sanidade sangrou tanto que morreu de hemorragia e virou essa viagem, negócio de sereia misturado com paixão. Sei não...
Castelo de areia, ira de tubarão, ilusão
Pô, castelo de areia com rajada de vento não combina! E a ira do tubarão fez com que ele comesse a sereia? Não, não, foi tudo truque do ilusionista do lugar mal assombrado falado lá em cima.
O sol brilha por si
Ufa! Algo parece ter acontecido normalmente. O sol brilhou por ele mesmo, nem precisou de pilha. Ufa!

Açaí, guardiã
Zum de besouro, um ímã
Branca é a tez da manhã
Aaaah, pronto. O sol queimou o cérebro do cara, tamaha a intensidade do brilho. Só pode!
Mas que viagem!
Vamos tentar: a sereia então guardou o açaí, livrando-o do besouro, que sentiu uma atração irresistível, como se fosse um ímã, e tentou comer a fruta. A sereia se chamava Manhã e era branquelona.

Uma dica: Aquele que inventar filtro solar próprio para sereias vai ficar rico. Ou talvez mixando esta música com o Pedro Bial recitando "Filtro Solar" dê para resolver esse probleminha sem oferecer riscos à saúde da Manhã, né?

25/08/2011

Perguntas que poderiam ser evitadas

NUMA LOJA DE CONVENIÊNCIAS:
- Um chiclete e um chocolate, por favor.
(entrega uma nota de R$ 50,00)
- Não tem trocado?
Merecia ouvir: - Tenho, mas tô de sacanagem contigo porque quero te ver contando moedinhas do caixa.
Ou: - Não, sou ryca e não trabalho com trocados. Inclusive o troco que você vai me dar agora eu vou jogar na próxima lixeira porque não gosto de cédulas de baixo valor, muito menos de moedas tilintando ao meu redor.
Mas ouve: - Infelizmente não.

A PESSOA TÁ DEITADA, DE OLHO FECHADO, BABANDO:
- Tá dormindo?
Merecia ouvir: - Não. Tô verificando o alinhamento dos meus cílios inferiores em relação aos superiores.
Ou: - Não. Tô me fingindo de morta para ver se alguém sente minha falta. Ando meio carente.
Mas ouve: - Estava. Até agora, pelo menos.

D.R. ROLANDO SOLTA. TPM BOMBANDO:
- Por que você está nervosa?
Merecia ouvir: - Talvez pelo fato de eu estar inchada, com a certeza de que vou sangrar por uns 4 dias tendo que usar uma almofada entre as pernas para não sujar tudo, me sentindo feia e gorda, e também por saber que nesses 4 dias nenhuma roupa do meu armário ficará realmente boa em mim. Isso tudo acompanhado por um idiota que ainda tem coragem de me fazer esta pergunta.
Ou: - Você sabia que nos EUA já houve casos de mulheres absolvidas em processos por assassinato? A defesa alegou TPM.
Mas ouve, aos berros: - EU-NÃO-ES-TOU-NER-VO-SA! Mas vou ficar...

NUM RESTAURANTE:
- Uma Coca-Cola, por favor.
- Gelo e limão?
Merecia ouvir: - Quem foi o imbecil que decretou que Coca tem que vir acompanhada de gelo e limão?
Ou: - Sim, mas traz também outro copo para a Coca. Porque com o gelo e o limão só me ocorre fazer uma limonada.
Mas ouve: - Só gelo, por favor.

AO TELEFONE:
- Por favor, eu gostaria de falar com o Armando.
- Pois não. Quem deseja?
- Jorge Pereira.
- Jorge de onde?
Merecia ouvir: - De Muzambinho, mas fui criado em Salvador porque minha mãe conheceu um caminhoneiro e fugiu com ele, largando meu pai e me levando junto. Aí quando eu fiz 15 anos engravidei uma prima e viemos para São Paulo escondidos. Depois de passar anos traficando para fazer dinheiro enquanto minha prima fazia programa, finalmente fui preso. Aí eu saí e trabalhei de engraxate. Como eu engraxei muito bem o sapato do dono do Unibanco, hoje sou gerente de contas preferenciais da agência de Ipanema. Mas não estou muito feliz... (e desanda a falar sem parar)
Ou: - Do banheiro. Tô cagando, mas preciso falar urgente com o Armando.
Mas ouve: - É particular. Sou amigo dele.

NUMA LOJA DE ROUPAS, LÁ VEM A VENDEDORA CHEIA DE SORRISOS:
- Posso te ajudar?
Merecia ouvir: - Não. Ninguém pode me ajudar. Eu sou mesmo uma infeliz! (simula choro compulsivo) Não aguento mais essa vida!
Ou: - Pode. (enfia a mão na bolsa) Eu tenho essas contas aqui para pagar, mas estou sem dinheiro. Você pode pagar para mim?
Mas ouve: - Estou dando uma olhadinha. Obrigada.

A PESSOA DE CABEÇA BAIXA, QUIETA, COM LÁGRIMAS ESCORRENDO PELA FACE:
- Você está chorando?
Merecia ouvir: - Não. Pinguei colírio em excesso.
Ou: - Não. Estou hidratando o rosto com este líquido milagroso que sai dos olhos. Li numa revista que faz super bem e estou testando. Depois te conto se deu certo.
Mas não ouve nada. Apenas vê um balançar de cabeça afirmativo.

SÃO 5 DA MANHÃ, SAINDO DE UM BAR DEPOIS DE 16 CHOPPS E 1 TEQUILA, SUA MÃE TE RECEBE COM A SEGUINTE PERGUNTA:
- Você tá bêbada?
Merecia ouvir: - Tô. E estou chegando só agora porque achei legal andar pelada pela rua e fui presa.
Ou: - Não tanto quanto quando você resolveu se casar com meu pai.
Mas ouve pausadamente quase um sussurro: - Tá tudo bem, mãe. Só tô com sono.

HORAS DE SEXO INCRÍVEL COM AQUELE CARA GATO QUE TODO MUNDO QUER. OS DOIS EXAUSTOS DESPENCAM, ELE OLHA PARA ELA E PERGUNTA:
- E aí? Foi bom prá você?
Merecia ouvir: - Tinha sido bom até você fazer essa pergunta.
Ou: - Você não se garante não, meu filho?
Mas ouve, ofegante: - Ô!

ALMOÇO EM FAMÍLIA, A TIA TRAZ A SOBREMESA E COLOCA NA FRENTE DO TIOZÃO:
- Fiz aquele pavê de bombom que você adora.
- É pavê ou pacumê?
Merecia ouvir: - Você não cansa desse trocadalho do carilho?
Ou: - Gente sem graça feito você é pafudê!
Mas ouve: - Ah, Zé Carlos... Sempre espirituoso... Quer um ou dois pedaços, querido.

PAULA ESTÁ NO FUMÓDROMO DA BOATE, CHEGA AQUELE BÊBADO CHATO QUE PASSOU A NOITE INTEIRA AZARANDO TODO MUNDO E NÃO PEGOU NINGUÉM:
- Você fuma?
Merecia ouvir: - Não. Tô só afim de um cancerzinho no pulmão só para sair da rotina.
Ou: - Não. Na verdade eu sou um dragão e essa fumaça é uma manifestação natural da minha espécie, que ocorre toda vez que sou incomodada.
Mas ouve um seco: - Aham.

19/08/2011

Sushi Yama e seu rolinho primavera

Semana passada fui conhecer o Sushi Yama, um restaurante japonês em Florianópolis.

O lugar é lindo, super bem decorado. Quando se vê de fora, parece bem pequenininho, mas é bem grandinho.

As mesas são bem distribuídas, garantindo certa privacidade aos clientes. Não é aquela coisa meio Mc Donalds, com uma mesa colada na outra, você ouvindo a conversa do casal ao lado. É muito bonito o local.

O restaurante estava vazio. Além de nós 4, havia mais uns 2 casais. As garçonetes são muito bem educadas e gentis. Mas ainda estou tentando entender por que o atendimento demorava tanto, e fiquei pensando como deve ser quando o local está cheio.

A comida é boa, mas, na minha opinião, ainda não bateu o Nigiri (também na Lagoa da Conceição). Estávamos há 40 minutos ali, quando nos avisaram que a cozinha fecharia. Eram 23:30h de domingo. Pedimos, então, uma porção de rolinho primavera e o segundo combinado de 18 peças.

Se no primeiro combinado o salmão veio super bem cortado e organizado em forma de flor, no segundo já não veio tão decoradinho e o corte era bem grosso.

Mas o pior foi o rolinho primavera. Estava gelado por dentro e por fora! Sério, eu nunca tinha visto isso! Morder algo que está gelado por dentro já havia acontecido. Agora, uma fritura gelada por fora foi um feito inédito!

Eles mandaram outra porção e pediram desculpas pelo ocorrido, mas é complicado comer com prazer depois de morder uma fritura gelada.

Muitas pessoas elogiam bastante o Sushi Yama. Talvez não tenhamos dado sorte. Mas os restaurantes precisam entender que um erro bizarro desses pode estragar a imagem do estabelecimento, e deveriam ter algum plano para fidelizar um cliente que passa por isso.
Desconto para a próxima visita é apenas uma das opções.

18/08/2011

Chorar ou não chorar? Eis a questão!

Jovem, bonita, amante da liberdade (de expressão, de ideias, de comportamento), batalhadora e cheia de sonhos - assim é Gisela. Parece a figura da mulher perfeita, aquela que topa tudo, que ri muito, que é cheia de amigos, qua adora viajar. Mas ela tem defeitos, acredite.

Tem TPM, é ciumenta, insegura, um pouco autoritária. Ela luta para não demonstrar nada disso, mas é tão autêntica que tudo aflora, fica estampado na cara. Mas acaba que suas qualidades muitas vezes suavizam, ou mesmo anulam, o seu lado difícil.

Gisela é daquelas pessoas que vivem intensamente. Se ama, ama muuuuuito. Ela não ri, ela gargalha. Não apara as pontas do cabelo, ela pede para o cabelereiro tosar. Gisela não é de ligar para desejar "feliz aniversário", mas de organizar a festa. Se bebe, toma um porre. Se vai bater um papo, vira a noite falando. Já que vai num show gringo, googla todas as letras que não conhece para poder cantar bem alto. Se matricula na academia e resolve virar miss fitness. Ela é assim. Na veia.

Desde o primeiro beijo na boca até seus 24 anos, essa conduta visceral proporcionou à Gisela muitas histórias, muitos amores e, obviamente, uns tantos dissabores. Mas a maior desilusão foi há 1 ano e meio, mais ou menos.

Do nada, um amigo do amigo do amigo apareceu na vida dela. Se conheceram numa pré-night (também conhecida como "esquenta") que o amigo do amigo fez na casa dele. Conversaram horrores, riram muito e descobriram muita coisa em comum. Frequentavam a praia no mesmo local, participaram das mesmas chopadas, tinham conhecidos em comum. Ela já morou no bairro em que ele mora. Ele nasceu no hospital em que a mãe dela trabalha.

Enfim, havia uma night ainda pela frente, né? Foram todos para a mesma festa, cuja promessa era reunir a maior quantidade de gente fina, elegante e sincera por metro quadrado. Chegando lá, ele pegou um drink para ela. Gisela é pegadora, mas estava curtindo aquele climinha e nem fez questão de pegar o drink e dar uma volta pela festa para ver o "cardápio" da noite. Naturalmente engataram um papo animado, riram muito dos bêbados presentes e dançaram. Gisela resolveu ir ao banheiro e, quando ia chamar as amigas para irem com ela, ele disse "vou contigo". Já entendendo o que estava por vir, ela só comunicou às amigas que já voltava. Elas já sabiam o que isso queria dizer.

Bem cavalheiro, ele esperou Gisela encarar aquela fila monstruosa do banheiro feminino. Quando ela voltou (devidamente penteada e com a mão lavada) falando "vamos?", foi só o tempo de ele tascar um beijo naquela boca que passou a noite inteira querendo a dele. Sim, ficaram juntos a noite inteira e ele a levou em casa.

No da seguinte, ela acorda com uma mensagem dele no celular: "Alguma chance de jantarmos hoje?". Ao que ela respondeu, sem rodeios "Você me pega que horas?". Jantaram, beijaram muito, conversaram mais um monte. Naquela semana, se viram mais umas 2 vezes. Ele sempre muito carinhoso. Ela, como previsto, encantada.

Na semana seguinte, se viram todos os dias. Foram juntos para uma micareta que era a maior promessa de pegação. Os amigos dele zoavam, as amigas dela também. Mas eles não estavam nem aí. Curtiram a micareta com seus amigos, se divertiram e só saíram quando tudo acabou. Todo mundo perguntando "Vocês estão namorando?", ao que ambos respondiam com um sorriso.

Ele ligava para ela todo dia. Ela também ligava para ele. Se falavam 2 ou 3 vezes por dia. Até que lá pela terceira semana, ele foi buscá-la para jantar e apareceu com uma linda orquídea (sua flor preferida). Ela achou lindo, mas só entendeu mesmo quando abriu o cartão, onde estava escrito "Namoro ou amizade? Você decide!". Óbvio que quase desmaiou e o encheu de beijos.

Um tempinho depois, aquela coisa de apresentar à família. Ela foi a primeira, recebendo ele em sua casa, com a presença dos pais, para comer uma pizza. Os pais de Gisela adoraram aquele rapaz. Bonito, simpático, inteligente e, o melhor, super carinhoso com a filha deles. Depois ela foi no aniversário da prima dele. Os pais dele adoraram ela, ficaram impressionados como ela entendia de culinária (ela passou boa parte do tempo trocando receitas com as tias dele).

Veio a comemoração de 1 mês de namoro. Tudo muito romântico. Uma semana antes de completarem 2 meses de namoro, saíram com os amigos para planejar a viagem do próximo feriadão. Ele estava meio sério. Ela percebeu, mas passou a noite gargalhando e fazendo a lista de compras para o feriado. Pela primeira vez, ele não ligou para dizer que havia chegado bem em casa. Quando ela ligou e perguntou por que ele não tinha ligado, a resposta foi um simples "esqueci". Ok, ela não estava afim de discussão por um problema tão pequeno.

A 3 dias do feriadão, ela resolveu fazer uma surpresa e pegá-lo no trabalho para jantar. Ele curtiu a surpresa, mas passou o jantar meio sério, falando sobre política, sobre o time dele e mais outras tantas coisas nada a ver. Ao deixá-lo em casa, perguntou por que ele estava tão estranho. Ele começou com "o problema não é você..." e ela já sabia o que aquilo significava. Experiência. Já tinha ouvido aquela frase. Nem deixou que ele terminasse. Só perguntou por que ele disse que a amava, ao que ele respondeu que "achava que a amava, mas se enganou". Se enganou???

Gisela falou todos os palavrões e xingamentos que conhecia, enquanto ele ficava quieto, de cabeça baixa. E sem derramar uma lágrima, mandou que ele saísse do carro dela (aos berros, claro) e que nunca mais se enganasse com ninguém. Ele foi embora. Ela ficou 2 minutos estática, com aquele bolo na garganta, mas estava determinada a não chorar. Ligou o carro e ficou com a mente vazia. Se perdeu no caminho para casa, o pensamento estava longe. Estava muito triste, mas tinha certeza que se derramasse a primeira lágrima nunca mais pararia de chorar. E como morria de medo de entrar em depressão, decidiu não sofrer.

Não ligou para nenhuma amiga. Só comunicou aos pais e pediu que não fizessem nenhuma pergunta. No dia seguinte, falou para as amigas que não iria mais viajar com a galera no feriadão, contando o fim do namoro bem por alto. Jurou que não estava sofrendo. Duas das amigas desistiram da viagem e resolveram comprar ingressos para as 3 irem numa festa maneiríssima que ia rolar bem no feriado. Foram, se divertiram, beijaram muito, e Gisela... nenhuma lágrima!

Um tio morreu e Gisela não chorou. Uma amiga sofreu por amor e Gisela não chorou. Aquele filme que em outro momento a mataria de tanto chorar, ela não assistiu (sabia do risco). A filha de uma amiga nasceu e nada de lágrima. Aquilo começou a assustar Gisela. Será que ela não tinha mais sentimentos? Será que estava seca por dentro? Será que nunca mais ela se emocionaria novamente?

Até que um dia, mais de 1 ano após o acontecido, mais de 1 ano sem chorar, Gisela estava assistindo TV e viu um comercial lindo de Dia dos Pais. Tentou segurar, mas não deu. Chorou assistindo o comercial. Continuou chorando quando ele acabou. E, finalmente, chorou pelo fim do namoro, pela morte do tio, pelo sofrimento da amiga, pelo nascimento da bebê. Passou horas chorando sem parar. Se entregou àquele momento e, ao mesmo tempo, ficou feliz po saber que ainda tinha sentimentos profundos.

No dia seguinte, a cara inchada no espelho mostrou para ela duas coisas: uma pessoa intensa como ela jamais conseguirá não ter mais sentimentos; é melhor chorar aos poucos, porque nem o melhor corretivo do mundo dá jeito numa olheira pós-choro-acumulado.

21/06/2011

Seu sucesso é o meu sucesso

Quer me proporcionar um momento de alegria? Faça sucesso. Eu não tô falando em ficar famoso, falo em sucesso.

Adoro conhecer pessoas, ouvir suas histórias, seus planos, dar conselhos, ajudar em algo. Não, eu não sou a Madre Tereza de Calcutá. Mas eu curto muito observar a trajetória do ser-humano, os diferentes comportamentos e reações, imaginar o que foi que levou a pessoa a agir daquela maneira, pensar no que ela deve sentir quando se depara com determinada situação. Enfim, gosto de gente.

E quando alguém que conheço faz sucesso, parece que uma parte de mim também está dando certo. Não precisa ser alguém do meu convívio, com quem eu me relacione diretamente. Basta que eu o admire. E aí eu faço questão de, de alguma forma, participar daquela realização, ainda que a criatura nem fique sabendo.

Lá por 2002, 3 amigos fizeram um curta chamado Atrocidades Maravilhosas (olha que lindo: http://www.youtube.com/watch?v=C-EBmw3zBaY e http://www.youtube.com/watch?v=cfGxB-bvlUw&feature=related). Exibiram no Odeon (Rio de Janeiro) e fiz questão de estar presente sem nem saber direito do que se tratava, para prestigiar. Só por perceber a satisfação daqueles 3 meninos por realizarem o projeto deles. Chegando lá, duas gratas surpresas: cinema lotado e disputadíssimo e trilha do Pedro Luis (de quem eu já era fã). Depois daquele dia, o filme foi exibido em diversos festivais, no Canal Brasil, etc.. Mas voltando à coisa do sucesso, perceber toda aquela alegria deles, o lindo trabalho que fizeram e o reconhecimento da mídia e do público me deu tanto, mas tanto orgulho... E olha que eu os conhecia havia bem pouco tempo.

Aí um dos 3 meninos, que se encontrou profissionalmente no cinema, foi convidado para ser Diretor de Fotografia de uma polêmica produção nacional: Tropa de Elite. Em um de nossos encontros, ele comentava com uma satisfação tão grande o trabalho que vinha fazendo, algumas histórias de set, os perrengues. E eu ouvindo aquilo tudo completamente fascinada por perceber a felicidade e realização de um cara tão do bem. Veio a pirataria e o filme já era comercializado antes mesmo de estrear no cinema. Vários conhecidos ofereceram a oportunidade de eu ver o filme no conforto da minha casa e de graça. Eu só lembrava da carinha do Lula Carvalho, misturando cansaço e entusiasmo, tudo o que ele batalhou para conseguir, a dor nas costas de carregar uma câmera não sei quantas horas por dia. E pensava que a forma mais digna de eu contribuir para aquela história de sucesso que eu tanto admirava era ir ao cinema. E fui.

Outra história linda é a de uma menina de seus vinte e poucos anos que faz parte de um grupo de amigas, mas com a qual tenho pouco contato. Ela faz residência em outro Estado. A mãe dela é ginecologista e ela resolveu seguir o mesmo caminho. Está lá, longe da família e dos amigos, do conforto da sua linda casa, para correr atrás do seu projeto de vida. Ok, como ela tem muita gente (inclusive eu) que abre mão de ficar numa zona de conforto por acreditar em algo. Mas ninguém imagina como foi bonito o primeiro bebê desse grupo de amigas vir ao mundo pelas mãos dela. Que cena linda! Que orgulho! E eu estava lá, vendo aquela menina com o bebê da nossa amiga recém-nascido nos braços dela, que estava toda vestidinha de roupa de centro cirúrgico. E com o amor que essa menina demonstra ter pelo que escolheu fazer, o resultado só pode ser o sucesso. E eu estarei sempre torcendo para que Luisa Aguiar só evolua e me proporcione outros tantos momentos de prazer como esse.

O post está ficando longo e eu ainda tenho um monte de histórias para contar. Tenho muitos amigos, conhecidos, ídolos que só evoluem naquilo que se propõem a fazer e, consequentemente, me deixam muito feliz. Então vou finalizar com uma história de fã.

Sempre curti conhecer novos sons e a percussão é algo que toca muito forte meus sentidos. Talvez meus antepassados negros expliquem esta ligação. Um belo dia, não me lembro como, conheci uma banda que me chamou muito a atenção pela beleza das letras de suas músicas e pela vibração do batuque forte sempre presente nas melodias. Calculo que a primeira vez que ouvi tenha sido ali por 1999 ou 2000. Era uma fase da tal da MPC (Música Popular Carioca), de Free Jazz Festival. A banda chamava-se Pedro Luis e a Parede, conhecida como PLAP.

Em 2000 ou 2001 (minha memória é sofrível) fui a um ensaio do Monobloco, que eu sabia que era capitaneado pela PLAP. Eu queria saber o que mais eles poderiam me apresentar de novidade, além daquele som delicioso que eu já admirava. Fui para o Clube Condomínio e me deparei com uma batucada mais forte ainda. Fui num dos primeiros desfiles, quando o Jardim Botânico ainda suportava o público que os seguia. Aí o Monobloco tomou uma proporção animal e eu parei de frequentar, impedida por minha fobia de multidões.

Voltando à PLAP, além da beleza das letras e da percussão, outro fator me fez virar fã: a voz do Pedro Luis. Sabe uma voz que toca seu coração, que acaricia seus ouvidos e que você não cansa de ouvir? Então... A voz dele me traz esse conforto.

Finalmente, resolvi que queria aquilo para mim. Comprei meu primeiro CD da PLAP - o Zona e Progresso. Quase gastei o CD de tanto ouvir! Aí saí do Rio e a PLAP lançou outro CD - Vagabundo, com o Ney Matogrosso. Comprei o CD e vendo aquele sucesso todo que eles estavam fazendo, fiquei muito feliz, me sentindo realizada por eles. Fui ao Rio justamente quando eles estrearam o show Vagabundo no Canecão. Foi a primeira vez que me deparei com um sentimento conflitante: talvez aquele sucesso todo não me deixasse tão feliz, dada a dificuldade e o alto valor dos ingressos.

Após o show, fui eu e meu CD para o camarim. Na porta, um sujeito grosseiro dizendo que se eu quisesse esperar toda a fila de famosos entrar era por minha conta, e que ele não garantia meu acesso. Fiquei muito triste e comecei a chorar que nem criança. Poxa, aquela oportunidade de ver meu ídolo de perto, pegar autógrafo, na minha terra... Mas fui persistente, minha mãe saiu se enfiando no camarim e, quando eu percebi, estava ela lá de dentro me chamando para entrar. Entrei com a cara toda vermelha de tanto chorar e quando chego lá dentro, aquele sentimento conflitante passou. O Serjão Loroza (na época, vocalista do Monobloco) enxugou minhas lágrimas e, em seguida, chamou o Pedro Luis, que me abraçou carinhosamente, transbordando simpatia. Ali eu vi que ele e a Parede mereciam todo o sucesso do mundo e que dali em diante eu compraria todos os CDs e iria a todos os shows que eu pudesse. Porque eles merecem todo o meu carinho não só pelo talento da deliciosa batucada.

Alguns meses depois, a PLAP veio para Floripa com Vagabundo. E desde 2004 eu não dei mais a sorte de pegar um show deles no Rio ou em Floripa. Enquanto isso, fui completando a discografia e comprei o É Tudo 1 Real e o Astronauta Tupy. Também comprei os 2 CDs do Monobloco e o primeiro DVD. Tudo original, óbvio. É a minha forma de contribuir com a história deles e retribuir cada poesia musicada pela Parede (Sidon, Mario Moura, Celso Alvim e C.A.) e cantada pelo Pedro Luis e o carinho dispensado por eles a cada ida minha ao camarim (porque se tem show da PLAP, tem ida minha ao camarim). É também a forma de mantê-los mais pertinho de mim.

2004 - Camarim da PLAP em Floripa

Com o Pedro Luis (prova de que o tempo fez bem para a gente)

Em 2006, estive no Rio e acabou coincidindo com a apresentação da PLAP na rádio MPB. Nem pestanejei. Liguei para a rádio, implorei para assistir e lá fui eu tietar. Cinco anos depois, show do Monobloco no Planeta Atlantida. Paguei uma fortuna no ingresso, já que por causa da minha fobia de multidões tive que comprar na tal da área VIP. Que show espetacular. Chorei sem parar lembrando os bons tempos de Clube Condomínio. Mas minha saudade da PLAP não foi tão amenizada por 2 motivos: Sidon, o cara mais animado da PLAP, não estava no show e, o pior, Pedro Luis também não veio. E sem Pedro Luis não tem camarim (que em festival seria uma missão quase impossível).

O show na Rádio MPB, em 2006

Quatro meses depois, show do Monobloco numa casa de shows de Floripa. Paguei outra fortuna pelo ingresso no melhor local da casa e preparei minhas amigas: "Quero chegar cedo porque vou ficar grudada no palco. Vou chorar várias vezes durante o show e preciso ir no camarim tietar o Pedro Luis no fim. Só saio de lá depois de tirar uma foto com ele". Elas riram, até porque uma mulher de 31 anos falando isso realmente parecia piada. Mas compraram a ideia e todo o roteiro foi cumprido: grude no palco, choro e tietagem. De brinde, ainda fiquei horas conversando com o C.A. e descobri que a gentileza era característica de toda a Parede.


E no camarim, tietando o Pedro Luis, descobri que eu andava tão afastada deles que nem sabia que eles tinham lançado DVD. Comprei o DVD. Navilouca, que coroa os 15 anos da PLAP, é emocionante. Pena não ter imagens de making of, tipo as da divulgação.

Agora só fica faltando Ponto Enredo, CD lançado antes de Navilouca, para completar minha coleção. Está muito difícil achar em Floripa, mas quem sabe uma alma boa não leia esse post e me mande um de presente?

Então concluindo o post gigante e voltando à questão do sucesso, o sucesso de cada integrante da PLAP sempre será o meu sucesso. Eu só espero conseguir contribuir oferecendo meu carinho, minha admiração, minha presença nos shows (já que não têm vindo a Floripa, penso em ir até São Paulo para vê-los, caso consiga ingresso), comprando os CDs, DVDs... Ah, sempre que a grana permitir. E se a grana não permitir, carinho e admiração não oneram, né?

10/06/2011

Sra. Skol se vinga do Sr. Luftal

Que cerveja empapuça todo mundo sabe. Ah, não? Então tente perceber quantos mini-arrotos você dá quando está conversando com alguém enquanto bebe sua sexta latinha.

Mas cerveja é uma coisa boa, né? Aquele líquido geladinho, geralmente acompanhado de algumas gargalhadas, que vão aumentando em relação diretamente proporcional à quantidade ingerida. A melhor bebida do mundo para matar a sede num churrasquinho. Mas tem suas inconveniências.

Além do xixi interminável, aquela sensação de que se comeu uma jamanta, quando, na verdade, só foram 3 linguicinhas, é desagradável. E o inchaço? Se sair com aquela blusa justinha para tomar cerveja, não esqueça de carregar um casaco. Se estiver calor, leve um casaco bem levinho, mas leve. Porque você chega para beber com 50kg e depois de algumas cervejas parece que está grávida de 4 meses.

Aí um sujeito que já não aguentava mais voltar para casa com a mulher engolindo pequenas porções de ar e reclamando que o amigo dele só compra carne pesada inventou o Luftal. Pronto! A mulher dele nunca mais reclamaria de estar se sentindo um balão e ele não teria mais que questionar o sex appeal dela a cada traque barulhento dentro do carro. Salvou seu relacionamento e garantiu para ele 2 dias de feijoada seguidos, já que ele também se aproveitou da própria invenção para tirar aquele peso da feijoada de sábado e conseguir encarar outra no domingo.

Mas num desses fins de semana de rodada dupla de feijoada, ela foi no sábado e disse que não iria no domingo porque tinha combinado com as amigas de dar uma corridinha na praia. Na volta da corrida, ela resolveu passar (de surpresa) na churrascaria para dar um beijo nele. Chegando lá, que problema: seguro de que ela não iria nem querer chegar perto de uma churrascaria após a corrida na praia, ele chamou outra gatinha. Ao ver a cena, nada de escândalo. Apenas uma promessa: "Toda a grana que você está ganhando com essa sua invenção vai acabar. E você vai ficar pobre e gordo. E essa menina não vai querer subir num ônibus contigo. The game is over! Me aguarde!"

E tempos depois ela inventou a solução para os problemas dela. Agora pode beber uma caixa inteira de cerveja sem ficar pausando as frases para arrotar para dentro. Pode sair de blusinha na boa, sem ficar perdendo casaquinhos por causa da bebedeira. Pode comer 3 linguicinhas e mais uns tantos pedaços de carne (só continua sem comer pão de alho se estiver afim de alguém porque é esperta). E bebe sentada, sem medo de não conseguir levantar porque a barriga tá inchada e dura.

Mas o melhor é: ela faliu o Sr. Luftal. As vendas caíram o suficiente para garantir a ele apenas tubaínas na geladeira. Agora seus comprimidos são distribuídos gratuitamente, junto com o fio dental, nos banheiros das churrascarias do país.

20/05/2011

Respeitem os peitinhos!

O de baixo é um sutiã ou um colete à prova de balas?

CENÁRIO: Loja de lingerie

DIÁLOGO:
- Boa tarde. Posso ajudar?
- Boa tarde. Por favor, você tem sutiã bonito, branco ou cor da pele, que tenha forro?
- É para você? (já olhando para os peitos)
- Sim.
(vai numa gaveta e pega umas 3 caixas. Cada caixa tem um sutiã)
- Olha, tenho esse aqui com corte a laser, que não marca a roupa. Esse aqui tem um bojo super estruturado, para dar volume. E esse aqui vem com um enchimento extra, é ótimo!
- Legal. Mas eu não quero bojo.
- Não?!?!?!?! (sem disfarçar a supresa e quase indignação)
- Não. Deixa eu te explicar uma coisa: tenho peito pequeno e gosto de ter peito pequeno. Acho eles dignos, honestos e quero que continuem assim. Eu só preciso de um sutiã que não seja transparente e que me proteja de pagar farol aceso. Tem algum assim?
- Olha, para o seu tamanho eu só tenho esses aqui. (mostra os sutiãs mais escrotos da loja)
- Tá bom, obrigada.

COMENTÁRIOS:
Quem foi que disse ao mercado brasileiro de lingeries que toda mulher que tem peito pequeno quer ter peito grande e volumoso?
Eu usaria fácil sutiã sem bojo se eu tivesse essa opção. Mas não há! Os sutiãs mais bonitos são justamente aqueles que têm bojo, enchimento, armação e o escambau.
Não consigo achar um sutiã com forro que seja sem o tal do bojo e que seja bonito.
Aí sabe o que acontece? Arrisca alguém me abraçar e eu ficar com um peito amassado, afinal o meu recheio não preenche todo o espaço disponível.

"Ah, então usa um Lib!" - Eu usaria, desde que ele não me deixasse com os mamilos adesivos por quase uma semana.
Homens, googlem Lib e busquem as imagens, para saber do que estou falando.

Outra coisa: acho deslealdade com os homens. O cara pega uma peituda com decote generoso, a coisa esquenta, ele tira o sutiã dela. Tá escuro e ele vai com aquela mão toda abertona para pegar naquele volume que o atraiu e... Surpresa! Nem precisava abrir a mão toda. Foi cheio de fome comer PF e se deparou com comida francesa.

06/05/2011

Ei, CONAR, estamos em 2011, ok?

Sou daquelas pessoas que adora propaganda, que não troca o canal na hora do intervalo só para ver os VTs, que é capaz de parar de mexer no controle só para ver a propaganda completa. AMO propaganda e tudo o que envolve a publicidade.

Vejo a propaganda nacional com menos entusiasmo, quando penso em tudo o que a criatividade dos profissionais brasileiros poderia produzir e o CONAR não deixa. Para quem não sabe, o CONAR é o Conselho de Autorregulamentação Publicitária,  uma entidade que (a meu ver) limita cada vez mais a publicidade brasileira. Minha interpretação - e é bom lembrar que este blog é MEU e eu escrevo minhas opiniões, conforme (ainda) me assegura a Constituição, como bem entender - é que a maioria das decisões do CONAR são comprobatórias da existência de censura.

Quem vê a propaganda gringa cheia de ironia, citando a marca concorrente sem medo, usando de "humor negro", percebe como as decisões da entidade, em pleno século XXI, são limitadoras e descabidas. Em comerciais nacionais de cerveja, por exemplo, não pode aparece ninguém bebendo a cerveja, sob o argumento de não influenciar o público a consumir álcool. Oi??

Aí eu vi um comercial da Sicredi de Dia das Mães protagonizado por uma criança. Sicredi é uma cooperativa de crédito e na campanha o garotinho diz que espera que a mãe use os serviços/produtos para participar de uma promoção que envolve sorteio de prêmios. Aí eu pergunto: e isso não pode influenciar as crianças, levando-as a perturbarem os pais a adquirirem produtos/serviços de crédito desmedidamente para ganhar os prêmios?

Veja o comercial:


Não, eu não acho que este comercial tem que ser censurado. Eu só acho que o CONAR não usa dois pesos, duas medidas - graças a Deus, senão estaria tudo vetado. Repito que acho as proibições absolutamente inadequadas à época em que vivemos e contraditórias num país que se diz democrático e que prega a tal da "liberdade de expressão".

Concordo que deva haver limites, que não seria legal, por exemplo, a TV aberta exibir em seu intervalo de horário nobre um filme com bundas circulando à vontade. Mas quem disse que depois da meia-noite isso não seria possível?

Este assunto gera muita polêmica e consequente reflexão. E eventualmente eu postarei aqui no MEU blog comerciais que foram vetados e aqueles que eu acho que deveriam ser, só para fomentar a discussão saudável.

E vou encerrar este post com mais um comercial da Lew Lara proibido pelo CONAR. Justificativa: denigre o processo de adoção, fazendo-o parecer um ato constrangedor.

Eu discordo da censura do CONAR. E você?

25/04/2011

Eu apóio o assento do vaso levantado

Homens, contem comigo para defender um hábito de vocês que a mulherada A-D-O-R-A condenar.

Vou até postar uma imagem para ilustrar o post, já que em cada lugar do Brasil há uma denominação para vaso sanitário, patente, privada, latrina.


Toda vez que eu vejo uma tampa de vaso levantada, penso na injustiça à qual os homens são submetidos quando acusados de porcos e mal educados ao simplesmente zelarem pela própria higiene.

Porque vamos pensar o seguinte: a mulher senta na tábua do vaso para fazer xixi, certo? Então ela não só encosta muito do seu corpo ali, como arrisca pingar gotículas de urina naquela região do vaso. E a parte do corpo que encosta totalmente ali é bem aquela que fica guardadinha a abafada o dia todo dentro de uma calça.

Já o homem joga seu xixi no vaso mirando uma parte do corpo que pode ser mirada e que não encosta em NENHUMA área do vaso. E como faz xixi com a tábua do vaso levantada, o máximo de contato que pode haver é do xixi na louça (ok, e algumas vezes no chão).

Então para a mulher fazer xixi quando a tábua do vaso está levantada, basta ela colocar a mão num pedaço do vaso onde só ela encosta e onde pode haver vestígios apenas dela.

Já para o homem fazer xixi quando a tábua do vaso está arriada, é preciso por a mão naquela parte do vaso onde justamente a mulher encosta, o que significa que se alguém corre algum risco de ter que lidar com o líquido alheio, esse alguém é o pobrezinho do homem.

Sendo assim, o justo mesmo é deixar a tábua do vaso levantada.
Homens, contem comigo para apoiar esta ideia! Questão de justiça (e de higiene).

19/04/2011

Explicação sobre post de MIL

No primeiro post sobre MIL, coloquei no título e no próprio post que MIL é Música para Livre Interpretação.

Só depois vi que escrevi a sigla de forma invertida. Na verdade, MIL é Música para Interpretação Livre.

Pééééénn!!!! Foi um erro!

MIL - Música para Livre Interpretação

Hoje começa a série MIL - Música para Livre Interpretação.
Isso significa que, eventualmente, aparecerão por aqui letras de música com interpretações ora inusitadas, ora equivocadas e quase nunca verdadeiras.

Afinal, as músicas são compostas para o público. E o público é composto por uma massa de diferentes pensamentos livres.

Então, por favor, não se ofenda se sua música preferida aparecer por aqui com uma versão completamente diferente da intenção original do autor, ok? É só para descontrair e ajudar as pessoas a exercitarem um novo ponto de vista.

E a primeira música, imprópria para menores de 18 anos, é:

Daniel na cova dos leões (Legião Urbana)
Já começa pelo nome da música: Algum Daniel foi parar em algum quarto escuro.

Aquele gosto amargo do teu corpo
E começou uma certa exploração lingual
Ficou na minha boca por mais tempo
Ou era muuuito suor, ou era a primeira vez que Daniel estava lambendo alguém
De amargo então o salgado ficou doce,
Assim que o teu cheiro forte e lento

Certeza que o cara não segurou e soltou o "líquido do amor", se é que você me entende, na boca do Daniel, coitado. Logo na primeira vez do menino...
Fez casa nos meus braços e ainda leve
E forte e cego e tenso fez saber

E ainda espirrou nos braços dele, tadinho. Sujou tudo.
Que ainda era muito e muito pouco
Gente, e ainda tinha mais? O acariciado estava há muito tempo sem "se aliviar" hein?
Faço nosso o teu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego

Resumindo, Daniel jura segredo, mas tenta convencer o outro a sair do armário
E eu sei que a tua correnteza não tem direção
E se mostra compreensivo com a mangueira desgovernada do outro.
Mas tão certo quanto o erro de ser barco a motor
E insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz, quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque não vemos

Daniel explica ao novato que usar brinquedinhos é o que há, mas que as sex shops não ficam abertas 24 horas

Ok, eu sei que esse post está ousado. Não será sempre assim. Ou será, vai saber!

Que tal sugerir uma música para o próximo post de MIL?

07/04/2011

Quando será seu próximo orgasmo mesmo?

Muita gente sabe como a vida funciona: se você namora, te perguntam quando vai casar. Quando casa, perguntam quando vai ter filho. Quando tem o primeiro filho, perguntam pelo segundo. Isso se você obedecer esta ordem.

Ninguém pergunta quando você pretende fazer aquela viagem à Europa, quando será seu próximo orgasmo, quando você perderá o ar de tanto rir, quando você chorará de alegria novamente, quando seu chefe reconhecerá sua competência, quando você receberá uma carta de amor, quando será acordada com um belo sexo oral.

As pessoas não têm noção do quanto essas perguntas sobre o próximo passo (casamento, filho, 2º filho...) podem ser invasivas, irritantes, incovenientes, constrangedoras, deprimentes, indiscretas. Ninguém pensa, por exemplo, que a mulher pode não querer casar, que ela pode não querer ter filho. E também não se preparam para ouvir respostas tão desagradáveis quanto esse tipo de pergunta.

Então tenho umas sugestões de respostas à altura.

Pergunta:
Vocês estão namorando há tanto tempo! Vão casar quando? Tá na hora, né?

Respostas merecidas:
- Já casamos. Você não recebeu o convite? Optamos por morar em casas separadas e por não usar alianças porque achamos tão moderno quanto esse tipo de pergunta.

- É, tá na hora também de nego parar de fazer essa perguntinha idiota, né?

- A gente não vai casar porque ele já é casado. Somos amantes e preferimos viver assim.
(simula uma briga com seu parceiro na frente da pessoa) - Viu, amor? Tá todo mundo perguntando isso. Você não me ama? Se você não me pedir em casamento agora está tudo acabado! Ah, não vai pedir? Então acabou! (finge que está aos prantos e fala para a pessoa que cometeu a tolice de fazer a pergunta) - Posso passar um tempo na sua casa? Tô tão deprimida...

- Então... Estamos esperando uma data disponível na casa de suingue que teu namorado frequenta toda quarta-feira. É que queremos fazer um casamento bem diferente, sabe? Ué, não sabia da casa de suingue? Pois vai ser uma boa oportunidade para você conhecer!

- NÃO QUERO CASAR. Por isso não casamos até agora. Simples!

Pergunta:
Quando é que vem o neném, hein?

Resposta:
- Quando eu parar de tomar anticoncepcional, ora.

- Quando ninguém mais me fizer essa pergunta.

- Quando você me der um emprego que pague R$ 10 mil por mês, onde eu trabalhe meio expediente e que ofereça 1 ano de licença-maternidade. Posso começar amanhã?

- Quando eu separar do meu marido e casar com outro. Ele é estéril.

- Na próxima encarnação.

- Não posso, sou hermafrodita.

- Quando teu marido tirar a camisinha na hora de transar comigo

- Onde está escrito mesmo que toda mulher tem que parir?


Depois ainda me chamam de grossa...

30/03/2011

Cuidado com a sabotadora!

Quer ter certeza de que toda empregada é uma sabotadora paga por você contra você mesmo? Basta se identificar com qualquer uma das situações abaixo.

- O fatiador de ovos está no armário de tupperware e você só encontrou porque precisou arrumar as tampas dos potes. Naquele dia que você precisou usar uma faca para cortar o ovo e a gema despedaçou todinha na sua mão ele já estava lá, tá?

- Sabe aquele copo velho que você adora usar para beber água? Então, está atrás das taças de cristal.

- Quadros não foram feitos para ficar retos e alinhados. Nem o sofá, a TV e a cama.

- Fronhas de estrelinha azul e roxa combinam muito com lençol floral branco e salmão.

- No armário, uma pilha só de saias e outra pilha só de shorts. Uma do lado da outra. O que que tem colocar uma sainha na pilha dos shorts e dois shortinhos na pilha das saias?

- Reunião importante e você tá atrasada. Na hora de escovar os dentes, notou que tem um pelo gigante totalmente fora da sobrancelha. Pega a pinça e... Opa! Cadê a pinça?? Ah, pinta o pelo com corretivo e sai correndo porque não vai dar tempo de procurar. Chega do trabalho e resolve tirar o esmalte. Claro! Como não pensou antes que o lugar ideal para a pinça seria entre a acetona e o esmalte?

- Não há lugar melhor para guardar a caneta permanente, aqueeeela de escrever em CD, do que junto das escovas de cabelo.

- Você pagou 80 reais naquele sutiã incrível, com bojo e que não marca roupa. Saiba que ele vai aparecer dobrado ao meio e com um bojo amassado, encaixado no outro. Acostume-se a sair com um dos peitos todo enrugadinho, ok?

- Na hora de procurar aquela blusinha de seda da última coleção de verão, não esqueça que o lugar dela é no mesmo cabide e por baixo da jaqueta de couro marrom.

- Um pote de prendedores de cabelo pode, perfeitamente, abrigar um batom novo lindo. E bem no fundo, de preferência.

- Lógico que o lugar das contas a pagar é o mesmo das fotos!

- Sabe aquela gaveta da cozinha cheeeia de utensílios, tipo concha, escumadeira, espátulas, pegadores...? Quando quiser fazer fondue, basta pescar os espetinhos por lá. Fácil, fácil!

- Quando não houver sabão em barra para lavar a roupa, não tem por que se preocupar. Pegue o pote de sabão em pó e fatie aquilo que está ali dentro e endureceu porque o pote ficou aberto.

- Livros devem ficar em-pi-lha-dos. Nada de critérios literários, nada de colocar aqueles lindos para decorar qualquer parte da casa.

- Fios foram feitos para ser desconectados, ok? Depois é só se divertir tentando fazer a NET funcionar, o telefone sem fio descarregado fazer ligação, a impressora obedecer o computador.


É ou não é para acreditar que se trata de sabotagem das brabas?

07/02/2011

"Boteco" Jurê e o banheiro

No último fim de semana, conheci o Jurê, cuja propaganda diz que é o "boteco" de Jurerê Internacional. Fica no Spazio, quase um anexo do resort Il Campanario, no bairro mais luxuoso de Florianópolis.

Realmente a proposta é de comidinhas de boteco - porções de lula, polenta, até batata frita! O chopp geladinho, uma varanda deliciosa, atendimento de primeira. Os preços aparentemente não são tããão Jurerê Internacional, mas quando chega a porção você lembra onde está. São porções meio mirradinhas, mas devo confessar que comi uma das lulas a dorê mais gostosas e sequinhas desta ilha.

Mas sabe como é... Chopp dá vontade de fazer xixi, né? Aí a coisa fica meio confusa.

O banheiro é do lado de fora do bar. Mas não é do ladinho de fora. É lááá fora. Explicando melhor: do lado do bar tem uma loja da Osklen. Imagine que a Osklen não costuma ter lojas exatamente pequenas. Depois da loja, tem uma entrada para os banheiros masculino e feminino.

Quando entrei, dei de cara com uma funcionária limpando o chão. Pensei "hummm, que legal. O bar nem está cheio e tem alguém zelando pela limpeza. Show!" e fui para o feminino. Sem decoração, apenas as cabines e pias. Tudo bem, eu não estava mesmo buscando um ambiente da Casa Cor, o objetivo era liberar o chopp. Mas aquele local bem que merecia um banheiro mais bonitinho, né?

A porta da cabine que usei não tinha tranca. Na verdade tinha, mas estava quebrada. Bom, trabalho feito, pessoa limpinha que sou, fui lavar a mão. Não tinha sabão. Então tá, ao menos uma aguinha rola. Rolou, mas não tinha papel para secar. Voltei para o bar esfregando a mão na bermuda que, por sorte, era jeans.

"Ui, mas qual é o problema? Você vai a lugares com banheiros muito piores", alguns vão dizer. Sim, vou a lugares beeem piores, mas neles não pago R$ 120,00 de conta e esses lugares não se vendem como localizados na "Miami brasileira".

Ah, e não quero ser injusta. O bar é uma gostosura, mas o banheiro... Quanta diferença!

25/01/2011

O título do blog

Psicólogos, estudantes de psicologia, freudianos: se o interesse é no tal do Freud e por isso você veio parar aqui no blog, sinto informar que aqui não é o lugar que você busca.

"Ah, mas então por que 'Cotidiano Freud'?"

A ideia é escrever sobre coisas do cotidiano, certo? E, para mim, o cotidiano é FODA - para o bem ou para o mal. Na verdade, o nome do blog deveria ser "Cotidiano é foda", mas acontece que na web ainda não se costuma usar acentos. Assim, o nome do blog acabaria ficando "Cotidiano E foda". E como eu não pretendo dar um cunho sexual aos meus textos, percebi que poderia causar certa confusão e recorri à minha infância para solucionar a questão nome.

Quando eu era criança, falar palavrão era muito feio. Então encontrávamos palavras para substituir. Ficava tipo "Tu é chata prá carvalho, hein" ou "Vá prá ponte que partiu". Isso explica o nome do blog.

Entendeu ou quer que eu desenhe?